O que é ALARP em Gerenciamento de Riscos?

Publicado em 05 Janeiro de 2021
ALARP é a abreviação para “As Low As Reasonably Practicable”, em português, “tão baixo quanto razoavelmente praticável”, e é frequentemente usado em gerenciamento de risco e segurança operacional.
O conceito ALARP
O conceito de ALARP é geralmente adotado como uma boa prática por empresas de setores potencialmente de alto risco, em grande parte do mundo, visto, inclusive como parte integrante do processo de tomada de decisão e Gestão de Risco de SMS da organização.
O conceito reconhece ainda que nenhuma atividade industrial pode estar totalmente isenta de riscos e é baseado em alcançar um equilíbrio entre os custos, dificuldade, e momento da aplicação das medidas de redução de risco e os benefícios reais percebidos.
A classificação dos riscos
Um processo sistemático de avaliação qualitativa e/ou quantitativa é necessário para identificar e classificar as situações e cenários de acordo com sua gradação de riscos. A figura abaixo apresenta uma classificação genérica.
Seguindo essa classificação, o risco pode ser classificado em uma das três regiões.
Os riscos avaliados como estando na faixa vermelha (Inaceitável) recebem atenção imediata (incluindo, se necessário, a suspensão das atividades ou o abandono do projeto associado ou opção de desenvolvimento) para minimizar a exposição ao risco de modo que o risco seja reduzido à faixa "Tolerável".
A operação na região Inaceitável por um curto período de tempo só pode ser considerada se não houver alternativas e a aprovação for fornecida.
Os riscos avaliados como estando na faixa intermediária (Tolerável) são analisados e reduzidos a níveis que são comprovadamente ALARP, considerando todas as medidas de redução de risco possíveis. Por isso, para a aceitação de um risco na faixa Tolerável, uma análise ALARP será necessária.
A demonstração ALARP é um processo contínuo e complexo, uma vez que precisa avaliar se a redução do risco é adequada ao valor investido. Algumas normativas apresentam referências sobre custos e redução de riscos e podem auxiliar na decisão, mas a cultura prevencionista é um outro fator preponderante nessa decisão.